Bergin esteve recentemente no Brasil para participar de um curso sobre a matéria no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, concedendo entrevistas durante sua estadia. Afirmou, por exemplo, que uma das evidências que devem ser procuradas em exoplanetas é a presença de oxigênio molecular, que na Terra só é produzido graças à presença de vida.
Sobre a proximidade do anúncio de descoberta de vida extraterrestre, ele disse: "A inferência de biologia em outro planeta irá levar algum tempo. Hoje, se nós olharmos para outro mundo, em torno de uma estrela diferente, podemos dizer se achamos que ele é habitável. Com isso, queremos dizer que, se o tipo certo de planeta, um mundo rochoso, está na distância certa de uma estrela semelhante ao Sol, então as condições são perfeitas para ter água líquida na superfície".
Bergin prossegue: "Essa é uma inferência que agora precisa de confirmação. Por esse caminho, eu acredito que nós estamos próximos de inferir a possível presença de vida. Com a próxima geração de telescópios que estamos tentando construir, há esperança de detectar a presença de água e de ozônio, que é um traço de oxigênio molecular. Na Terra, ele só é fabricado pela vida. Então, há esperança de uma detecção verdadeira nos próximos 20 anos".
O cientista afirma ainda que a descoberta de organismos extremófilos, vivendo na Terra em condições extremas, mostra que a vida é adaptável e pode sobreviver em ambientes antes considerados improváveis em outros mundos. A respeito do anúncio da NASA sobre a bactéria GFAJ-1, que poderia utilizar arsênio, Bergin disse que a agência foi correta na interação com a sociedade e elogiou o trabalho de continuidade na pesquisa que apontou as falhas da investigação.

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